Feche algumas portas, para abrir outras portas.

24/09/2023 11:26

Diz um antigo provérbio chinês que “Se você não mudar a direção, terminará exatamente onde partiu”. Essa afirmação tem a ver com a reflexão de hoje. Fique aqui, pois me explicarei.

O quanto você considera o ambiente do seu trabalho propositivo? Um estímulo para a produtividade, criatividade e desenvolvimento pessoal e profissional? Em grande ou em pequena medida?

Se você respondeu com a primeira opção, então certamente escolheu um bom local para exercer o seu trabalho. Muito provavelmente, este cenário é equilibrado: a infraestrutura é adequada, a equipe de profissionais é capacitada e as relações humanas devem ser, em sua maioria, harmoniosas, justas e construtivas. Este conjunto deveria mesmo culminar em um efervescente estímulo ao trabalho. Afortunado(a). Que local de trabalho saudável e cativante!

A academia e suas escorregadas

24/09/2023 11:23

Relatarei uma situação que presenciei há um bom de tempo e achei um tanto embaraçosa, mas digna de ser compartilhada. Aproveitarei a ocasião para tentar abordar alguns pontos visando a crítica saudável. Já aviso que em alguns momentos do texto adotarei um tom sarcástico. Portanto, quem não gosta de críticas nesse sentido, fique à vontade para não prosseguir com a leitura. Se gosta de rir um pouco, considere seguir, mas já adianto que riremos juntos para não chorarmos, porque verão que é triste imaginar o que lerão.

Probatório na academia. Fato ou mito?

14/06/2023 15:56

Em um dos debates que venho tratando publicamente (LinkedIn) fui questionado sobre como via o estágio probatório na academia. Pois então vamos lá. Procurei tecer algo objetivo, me eximindo de trazer situações pontuais, mas focando no que considero construtivo.

Segundo consta em Lei que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais (Art. 20 da Lei nº 8.112), o servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo estará sujeito a estágio probatório. O estágio probatório é definido como período em que o servidor terá sua aptidão e capacidade avaliada quanto ao desempenho nas seguintes atribuições: assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade, estando o mesmo sujeito a exoneração em não tendo atendido satisfatoriamente os requisitos supramencionados.

Concurso público para carreira docente nas universidades — uma reflexão.

14/06/2023 15:55

Há tempos que questiono o formato dos concursos públicos para a carreira docente nas universidades públicas, em especial nas federais, a julgar pela forma como se dá o processo seletivo na instituição em que atuo. Aqui na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) pude participar sob todas as perspectivas: como concursante, como membro de banca examinadora e como expectador em diversas ocasiões.

Um dos pontos que considero questionável é implicação da valoração que se dá as provas escrita e didática no resultado final do processo. A título de exemplo, vejamos os pesos atribuídos para cada prova no edital mais recente, item 8.2. (página 26): a prova escrita (peso 2,5), didática (peso 3,5), projeto de atividades acadêmicas e do memorial descritivo (peso 1), e a prova de títulos (peso 3,0).

A performance (ou falta de) entre os cientistas

14/06/2023 15:54

Há tempos me questiono sobre o porquê de alguns cientistas proporem o que não cumprirão e o porquê de agências de fomento não advertirem estes que não entregaram o que propuseram, como um flagrante descaso com o recurso público e, não menos importante, flagrante demonstração de incapacidade de gerir um projeto. Ainda, há outros dois pontos que me ecoam: é possível que dois avaliadores ad hoc estejam no mesmo entendimento de atribuição de pontuações? Por exemplo, o que define os termos ruimbom ou excelente para cada um destes avaliadores no contexto de avaliação de um projeto científico? Por fim, como é permitido que os cientistas sejam julgados sob uma mesma métrica, sem contemplar a performance de cada um de acordo com sua eficiência de trabalho?

Na academia brasileira, é cada um no seu quadrado.

17/03/2023 10:41

Sabe aquela típica situação em que você critica ou julga alguém por fazer ou deixar de fazer algo? Mas quando é a sua vez de fazer ou deixar de fazer esse algo, você se dá conta de que fez exatamente como aquele que outrora criticou?

Esse comportamento pode envolver um caleidoscópio de fatores e, para simplificar, irei de uma ponta à outra: pode se dar por sua incapacidade de realizar autocrítica (de se enxergar em si mesmo) ou até mesmo como resultado do esgotamento, que neste contexto seria o equivalente a reconhecer que sua energia não modificará o status quo, então deixa de trabalhar por determinado propósito. Seguindo este segundo ponto, é como se avistasse o continente a partir de uma ilha, mas somente você o enxerga (outros habitantes da ilha fazem que não o veem ou não querem vê-lo) ou somente você deseja investir energia para transpor o oceano e alcançá-lo (fato que lhe custaria a vida ou seria contraproducente sem a ajuda dos demais habitantes da ilha). Vejo ambos os cenários presentes na academia, a falta de autocrítica por parte de alguns e o esgotamento por parte de outros.

Pós-graduações sob pressão!

03/03/2023 09:39

Pós-graduações sob pressão!

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Por um pacto nacional que valorize cientistas e propicie ambientes favoráveis à sua manutenção.

16/02/2023 08:26

Passado da casa dos quarenta anos de idade e mais de 20 anos em contato com a academia, assisti ao florescer dos investimentos a partir dos anos 2000 e também vi o desinvestimento corroendo a academia brasileira nos anos recentes. Sim, estamos distantes da almejada construção de uma nação com bases científicas sólidas.

Enquanto o mundo desenvolvido vem incrementando suas apostas nos setores de pesquisa e desenvolvimento, tendo os Estados Unidos e a China como os principais protagonistas, nosso vilipendiado Brasil optou por reduzí-los nos últimos anos.

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Cuidado! A maratona acadêmica é um prato cheio para o ‘burnout’.

03/02/2023 09:11

Responda a si mesmo/a: como você se apresenta quando alguém lhe pergunta o que faz? Muito provavelmente veio à sua mente algo relacionado ao seu trabalho, àquilo que você executa profissionalmente, acertei? Começo a reflexão por essa provocação e foi algo que também me pegou de surpresa quando li Como se encontrar na escrita, da autora Ana Holanda. Por mais óbvio que pareça, não deveríamos nos apresentar ou nos rotular por aquilo que exercemos profissionalmente. Ninguém responde a essa pergunta dizendo: eu sou casada, mãe de dois filhos, gosto muito de estar com eles, pratico yoga, leio romances e também sou arquiteta. Normalmente responderíamos somente falando sobre a profissão. Se essa cilada não ocorre com você, parabéns, pois está mais adiantado/a do que muita gente.

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