All.Edu – Metodologia Científica e Tecnológica em Ciências Farmacêuticas e Biomédicas
  • Sobre o complexo de inferioridade na maratona acadêmica: um relato de caso.

    Publicado em 29/11/2022 às 16:32

    Em Setembro deste ano estive em um instituto de pesquisa na Espanha, o IDiBE, divulgando dois trabalhos do Laboratório que coordeno, o LIDoC, e ocorreu um fato que gostaria de relatar e compartilhar.

    Nos últimos anos comecei a introduzir um ‘slide’ no início das apresentações científicas que faço publicamente. Nesse ‘slide’, que intitulo como “Complementary information”, deixo claro: o recurso humano envolvido no curso do projeto, se está vinculado a uma determinada tese, dissertação ou iniciação científica e, muito importante, a fonte e o ‘budget’ envolvido. Na ocasião da primeira apresentação informei que os dados que seriam apresentados foram produzidos com um suporte financeiro equivalente a € 8.000 (referente um projeto que durou 4 anos de trabalho).

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  • Na maratona acadêmica, cuidado com os autodenominados ‘especialistas’ das redes sociais.

    Publicado em 22/09/2022 às 03:57

    Não há dúvidas de que as redes sociais nos trouxeram entretenimento e soluções rápidas para questões simples. Se hoje buscamos saber como preparar uma massa de panqueca, como gravar a tela de um computador, como remover a mancha em uma peça de roupa, num piscar de segundos encontramos centenas de materiais e vídeos a partir de uma simples busca pela internet. De fato, foi uma revolução na forma como interagimos com informações, sejam elas do senso comum, técnicas e até científicas.

    Mas, e se quisermos compreender em detalhes o funcionamento do cérebro? A física das ondas gravitacionais? Bastaria acompanharmos podcasts e pagarmos por cursos oferecidos pelos autodenominados ‘especialistas’ das redes sociais? Se sua resposta é sim e você é um acadêmico, sinto por sua conclusão. Para um não acadêmico até entendo que o desconhecimento o livre dessa despreocupação, mas um acadêmico que defender essa rota de conhecimento como um caminho seguro à formação estará, a meu ver, se autosabotando. Entenda por acadêmico aqui as pessoas dedicadas à ciência seja nas universidades, institutos de pesquisa, setores do governo ou empresas privadas.

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  • Quando ser ou não ser autor (coautor) de um trabalho científico?

    Publicado em 12/08/2022 às 09:35

    Um tópico ainda espinhoso e controverso para muitos aspirantes a cientista e também para cientistas já experientes no Brasil e mundo afora.

    Primeiro vamos definir autoria e coautoria. Na prática, todos são autores. E para entender isso é muito simples, não existe meio autor. Se fizéssemos uma analogia com uma orquestra, cada músico instrumentista tem seu papel na orquestra. Qualquer um que seja dispensável não constará na orquestra. Logo, todos respondem pelo resultado final. Aqui no contexto da publicação podemos dizer o mesmo. Contudo, há uma aceitação de que a palavra autor seria um termo mais adequado para se direcionar ao autor principal, ou seja, aquele(a) que executou a maior parte do estudo, incluindo a redação escrita e a edição do trabalho. Enquanto a palavra coautor seria mais um termo direcionado à quem colaborou de forma essencial para que o trabalho fosse executado, ou seja, sem sua colaboração o trabalho estaria incompleto e não atingiria o estado ao qual se encontra publicado.

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  • A arte de se comunicar com o seu orientador.

    Publicado em 11/07/2022 às 09:01

    Recentemente li um texto sobre um tópico rotineiro na academia e decidi adaptá-lo à realidade brasileira. Se trata da comunicação entre orientando(a) e orientador(a). Farei algumas adaptações baseadas no que tenho vivido nesses 12 anos como orientador de iniciação científica, mestrado e doutorado.

    Tudo se inicia ao desejar formar uma parceria com determinado(a) orientador(a). Você o(a) escolheu provavelmente porque o(a) admira e o(a) respeita profissionalmente. Contudo, é uma relação que pode lhe causar uma certa intimidação no início. Prefiro que pense mais como respeito do que como intimidação. E de fato é muito difícil prever como será essa relação antecipadamente. Considerando que somos seres únicos e, cada qual com o seu estilo de comunicação, adicionamos aí uma camada de desafio, mas que pode ser ajustada facilmente visando o melhor proveito ao longo de sua passagem por essa desafiadora e grandiosa jornada científica.

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  • Quando aceitar participar e como proceder em uma avaliação científica?

    Publicado em 10/06/2022 às 09:23

    Por Prof. Alex Rafacho (10/06/2022).

    No post anterior discorri sobre uma realidade que aflige as bancas examinadoras em trabalhos de conclusão de curso e se trata do desconhecimento de muitos candidatos de sua própria tese. Mas comentei também que não é incomum encontrarmos, dentre os membros da banca examinadora, aqueles que dominam pouco sobre o assunto ou dominam o assunto num aspecto mais técnico e deixam de captar falhas metodológicas ou conceituais do trabalho ou do(a) candidato(a) em que fora convidado a avaliar.

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  • Qual é a sua tese?

    Publicado em 04/05/2022 às 11:06

    Por Prof. Alex Rafacho (04/05/2022)

    Seguindo com nossas reflexões sobre a maratona acadêmica, vou compartilhar com vocês algo que tenho vivido há anos. É uma situação um tanto embaraçosa e preocupante quando você espera que, nessa etapa da jornada acadêmica, as engrenagens tenham se encaixado perfeitamente e, pelo qual deveriam funcionar sem reparos. Se trata da ocasião da participação em bancas examinadoras para a arguição de trabalhos de conclusão de curso (TCC, na graduação), dissertações de mestrado ou até teses de doutorado (na pós-graduação).Isso mesmo, até TESES de doutorado. Esse é um momento em que se outorga (aprova) o candidato(a) em que, a partir de então, seguirá titulado (graduado, mestre ou doutor) de acordo com o título outorgado. E a pergunta que poucos sabem responder ou respondem sem convicção é: qual é a sua tese? Digamos de uma forma ajustada, qual é a conclusão (podendo haver mais de uma) alcançada em seu TCC, seu mestrado ou seu doutorado?

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  • Pipeline de medicamentos: o que é e como construir?

    Publicado em 19/04/2022 às 15:55

    Por Prof. Eduardo Luiz Gasnhar Moreira (19/04/2022)

    pipeline de medicamentos (drug pipeline) pode ser definido como um mapa do conjunto de “candidatos a medicamentos” que todas as indústrias farmacêuticas apresentam coletivamente em um determinado momento, podendo ser dividido por condição clínica de interesse. Com a construção desse mapa, podemos avaliar o progresso no desenvolvimento de novas terapias para distintas condições clínicas, incluindo novas moléculas, novos alvos terapêuticos, biomarcadores, e mesmo estratégias de tratamento. Para construir esse mapa, podemos utilizar informações de ensaios clínicos de fases I, II, e III.

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  • Vivencie oportunidades no exterior durante o seu percurso na maratona acadêmica!

    Publicado em 14/04/2022 às 11:04

    Você já se pegou sonhando em passar aquele período em um grupo de pesquisa conceituado em sua área de atuação no exterior? Ou até mesmo no Brasil? Sonhei com isso muitas vezes durante meu doutoramento e ainda me pego nessas divagações tão extraordinárias. Isso mesmo, extraordinárias! Isso não quer dizer que nossa rotina na ciência seja sem brilho ou algo medíocre quando nos restringimos ao nosso grupo de pesquisa (a não ser que você ou o grupo assim a considere), mas qualquer experiência vivida fora de seu grupo será agregadora, independentemente de quanto de seus objetivos foram alcançados.

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  • Na maratona acadêmica, não coloque a carroça na frente dos bois.

    Publicado em 04/03/2022 às 09:17

     

    Prof. Alex Rafacho (04/03/2022)

    O ditado popular de não se colocar a carroça na frente dos bois é um tanto oportuno no contexto da construção da carreira acadêmica. Basicamente nos sugere a não atropelarmos a ordem das coisas, a não sermos imediatistas, a não esperarmos por resultados por meio de atalhos. Em posts anteriores refleti sobre a jornada para cruzarmos a linha de chegada na academia, bem como o que vem depois de tê-la cruzado. Hoje gostaria de refletir um pouco sobre os estágios iniciais da formação e versar sobre a importância de se construir uma carreira sólida, perene, sem atalhos e sem devaneios. Se valendo até mesmo de pequenas pausas quando for o caso. Mas cuidar para não cair em tentações, que muitas vezes são por nós mesmo plantadas.

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  • Ser ou estar professor?

    Publicado em 03/12/2021 às 11:04

    Prof. Alex Rafacho (03/12/2021)

    Segundo consta no dicionário de português, o significado da palavra ‘professor’ pode ser definido como: “aquele que ensina, que passa o conhecimento que possui acerca de um determinado assunto”. Em complemento: “aquele que ministra disciplinas, matérias, numa escola ou universidade”Não há como negarmos que todos tivemos professores ao longo de nossa jornada, e no caso de alguns, verdadeiros mestres! No post anterior refleti sobre o que vem depois de nossa maratona rumo a academia e concluí que iniciamos outra maratona ao cruzarmos a linha de chegada.

    Na academia, seja numa instituição de ensino pública ou privada, dentre as atribuições que recebemos, uma delas não está em questionamento, não depende de sua iniciativa (para exercê-la ou não). Essa atribuição é relativa ao ato da docência, ou seja, de ser ou estar professor. E é sobre essa questão, de ser ou estar professor (com ênfase na academia), que irei refletir no post de hoje.

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